Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Página inicial > Histórico 38º BI
Início do conteúdo da página

Histórico

O 38º Batalhão de Infantaria comemora a data de seu aniversário no dia 19 de abril, em alusão a criação, do  1/2 BATALHÃO DE CAÇADORES, por meio do Decreto 782, de 19 de abril de 1851, com sede em Salvador. No entanto, pesquisas realizadas junto ao Arquivo Histórico do Exército revelaram que sua origem se dá no ano anterior, quando da criação, da 6ª COMPANHIA DE PEDESTRES, por meio do Decreto 683 de 12 Jul de 1850, com sede em Vila da Barra - BA.

Posteriormente por decreto, que tomou o número 2.622 de 06 de outubro de 1860, as duas unidades anteriormente citadas se fundem dando origem ao BATALHÃO DE CAÇADORES DA BAHIA. Essa unidade continuou assim denominada até o dia 9 de dezembro de 1865, quando por decreto número 3.555, é extinta, sendo criado em seu lugar o 16º BATALHÃO DE CAÇADORES. Estando, neste momento, no sul do país para compor a tropa brasileira que combateu no maior conflito armado da América do Sul - A Guerra do Paraguai.

A bravura de nossos homens, conforme cantada em sua canção pode ser vista na Ordem do Dia expedida durante aquele conflito. Tamanho foi o destaque de nossa unidade naquela ocasião, que levou o Batalhão ser chamado pela "soldadesca" de "O GLORIOSO", cognome que passou ser a marca da unidade e que pode ser encontrado em relatos da Guerra do Paraguai.

Durante a guerra, o Batalhão, recebeu uma nova denominação, isto por meio do Decreto 4.572 de 12 Ago de 1870, passando a se chamar 16º BATALHÃO DE INFANTARIA LIGEIRA. Naquela memorável campanha, cobriu-se o Batalhão de glórias, empenhando-se em vários combates, entre os quais: Protero Obela, Boqueron Tuyuti, Lomas Valentinas, Peribebiu. Tuiu-Cué, Estabelecimento e Laurelles (sendo essa última a célebre marcha que sagrou Caxias o maior general Sul Americano).

Desde o dia 1º de agosto de 1866, ainda no limiar da Guerra, lutava ao comando o então Major Antonio Tiburcio Ferreira de Souza, promovido a Ten Cel, por ato de bravura frente ao 16º.

Sua reconhecida capacidade profissional demonstrada nos momentos mais difíceis foram registrados por seus superiores hierárquicos como o que se encontra na Ordem do Dia 228 de 08 Jul 1868 em que: O Comando em Chefe de Todas as forças Brasileiras em operações contra o Governo do Paraguai manda "(...)elogiar ao Sr Tenente Coronel Antonio Tiburcio Ferreira de Souza, comandante do 16º, não só pelo acerto em suas disposições no comando, assim também pela atividade e bravura com que sempre se distinguiu na frente do inimigo(...)" . O reconhecimento pela maneira impar com que se destacou frente a unidade seria definitivamente consagrada anos mais tarde quando foi escolhido para ser o patrono da unidade.

Finda a Guerra, em 1870, o batalhão ainda permaneceu no Paraguai, até o ano de 1873 quando retornou para sua sede em Salvador-BA, com a mesma denominação até o ano de 1888 quando passou a ser 16º BATALHÃO DE INFANTARIA, pelo Decreto 4.572 de 12 Agosto, nome que permaneceu até o inicio do século XX, quando passou por transformações.

Por Decreto 6.971 de 04 de junho de 1908 a unidade recebeu a denominação de 50º BATALHÃO DE CAÇADORES composto por três das suas quatro companhias (1ª/16º, 2ª/16º e 3ª/16º) e a 4ª Cia que pertencia ao 16º é nesse mesmo ato desmembrada dando origem a 7ª Companhia Isolada.

No ano de 1917 o 50º BC é transferido, de sua sede em Salvador, para o estado do Espírito Santo, por Decreto 6.971 de 15 de dezembro de 1917, vindo a instalar-se na cidade de Vila Velha. A respeito desse memorável acontecimento para o município que até hoje abriga o Batalhão, o Livro Histórico da unidade assim faz registrar:

A situação perdurou até que, em 10 de novembro de 1919 o Batalhão recebeu, por transferência do Ministério da Marinha, para o da Guerra, as dependências construídas sobre o Forte São Francisco Xavier da Barra e demais edificações que serviam para o funcionamento da Escola de Aprendizes de Marinheiros do Espírito Santo.

(...) Pelas dificuldades de um prédio apropriado ao aquartelamento, na capital do Estado (Vitória), o Cel Tristão Araripe, autorizado pelo Sr Gen Div Fernando Setembrino de Carvalho, Cmt da 2ª DE e da 4ª RM, transportou-se para a cidade do Espírito Santo, até então conhecida pelo seu tradicional nome de Vila Velha onde acantonou com mais de 200 sorteados (recrutas), 5 oficiais e 4 praças (...).

Administrativamente, pelo Diário oficial de nove de julho de 1919, o batalhão passou a pertencer a 1ª RM / 1ª Divisão de Exercito e a 2ª Brigada de Infantaria. No mesmo ano em que se estabeleceu em sua sede definitiva, por decreto número 13.916 de 11 de dezembro de 1919, o 50º BC é extinto sendo dele organizado o 3º BATALHÃO DE CAÇADORES.

Com essa denominação a unidade iria escrever páginas célebres de sua história, grifadas em seus arquivos. Delas se destacam as seguintes ações:

  • A Sete de Julho de 1924 integra o Destacamento Misto da Vila Militar, embarca para o estado do Pará com a finalidade de combater a Revolta da Fortaleza de Óbidos (um dos focos da Revolução de 1924). Nessa operação coube ao Batalhão organizar patrulhas que resultou na capitulação dos revoltosos, tendo permanecido nessa missão até 14 de setembro daquele ano, restabelecendo a vida administrativa da região.

  • Em fevereiro de 1925, deslocou-se para o estado de São Paulo para combater forças revoltosas que se instalaram naquela região do país;

  • A 1º de março de 1925 deslocou-se para o estado do Paraná, a fim de integrar uma Força de Operações constituída para atuar contra elementos rebelados, tendo permanecido nessa operação até o fim de julho daquele ano;

  • Por ocasião da Revolução de 1930, o 3º BC teve ativa participação, para a consolidação do governo que veio a se estabelecer a partir daquele ano;

  • A dez de julho de 1932, seguiu para o estado de São Paulo, onde integrou as forças governistas na Revolução Constitucionalista, voltando para sua sede em 23 de outubro do mesmo ano;

  • Quando da eclosão da 2ª Guerra Mundial coube ao Batalhão a guarda e patrulhamento do litoral, cooperando assim, para a garantia das fronteiras de nosso imenso território.

As mudanças referentes ao Batalhão não pararam e assim, em Portaria Reservada número 13-12 de 29 de janeiro de 1949, recebeu a denominação de 1/3° BATALHÃO DE CAÇADORES, isto por um curto período, voltando a chamar-se 3º BATALHÃO DE CAÇADORES, por Portaria Reservada número 13-10, de 18 de fevereiro de 1950.

Finalmente, por Portaria Ministerial Reservada, número 043, de 07 de setembro de 1972, passou a ser chamado de 38º BATALHÃO DE INFANTARIA, denominação que orgulhosamente mantém até os dias de hoje.

A partir de então, o 38º Batalhão de Infantaria, manteve-se sempre atento às ordens de seu escalão superior, permanecendo em vigília constante pela defesa da democracia, particularmente após os acontecimentos de 1964. Pondo-se sempre como guardião da unidade nacional, sendo a única unidade operacional do Exército Brasileiro em solo capixaba.

Vale ainda ressaltar, outros acontecimentos que enobrecem os integrantes do 38º BI, como a denominação de BATALHÃO TIBÚRCIO concedida em 11 de maio de 1964, num pleito de homenagem a Antonio Tiburcio Ferreira de Souza, tornando-se seu mais insigne comandante.

No ano de 1978, em Portaria número 003 de 04 de julho de 1978, a Secretaria Geral do Exército, acolhendo parecer do Centro de Documentação do Exército, resolve aprovar e conceder O ESTANDARTE - DISTINTIVO DO 38º BATALHÃO DE INFANTARIA. Materializando, nesses símbolos, as glórias daqueles que construíram a história vitoriosa desta unidade do Exército Brasileiro.

Por fim, o Departamento de Educação e Cultura do Exército, alterou a denominação histórica do 38º Batalhão de Infantaria, de BATALHÃO TIBÚRCIO para BATALHÃO GENERAL TIBÚRCIO em 7 de dezembro de 2021, enaltecendo o caráter militar de nosso grande comandante na Guerra da Tríplice Aliança, o ilustre General Antônio Tibúrcio Ferreira de Sousa.

registrado em:
Fim do conteúdo da página